Info Técnica
A norma Passive House pode resumir-se nos seguintes 5 pilares fundamentais, aos quais adicionamos uma vertente técnica de conceção particular, considerando a situação geográfica e dados climáticos onde Portugal está inserido:
Elevados Níveis de Isolamento da Envolvente do Edifício
As paredes, coberturas e pavimentos devem ter um nível de isolamento térmico superior ao exigido pelas normas convencionais, cujo objetivo é minimizar as perdas ou ganhos de calor indesejados, mantendo uma temperatura interior estável com muito poucas necessidades de climatização.
Janelas e Portas de Alta Performance
Caixilharias de elevado desempenho térmico, com vidros duplos ou triplos otimizados com baixa emissividade e gases inertes na caixa de ar, posicionados estrategicamente para maximizar os ganhos solares no inverno e minimizar o sobreaquecimento no verão.
Ventilação Mecânica com Recuperação de Calor
O sistema VMC com recuperação de calor assegura o fornecimento contínuo de ar fresco ao interior, a remoção do ar viciado e a recuperação de 90% da energia contida no ar extraído, garantindo a qualidade do ar interior sem perdas térmicas significativas;
Estanquidade ao Ar do Edifício
A envolvente do edifício deve ser construída de forma contínua e cuidadosamente selada, de modo a evitar infiltrações e exfiltrações de ar não controladas, responsáveis por perdas de eficiência significativas e problemas com patologias a médio/longo prazo no edifício, nomeadamente a ocorrência de condensações e bolores. A estanquidade é medida com o teste de pressurização (Blower Door Test) e deve cumprir o limite de máximo 0,6 renovações de ar por hora a 50 Pa;
Ausência de Pontes Térmicas
As pontes térmicas são zonas onde o calor pode escapar do interior para o exterior no inverno e fazer o caminho inverso no verão. Ao eliminarmos essas zonas sensíveis, estamos a contribuir para a melhoria do desempenho energético do edifício e também a evitar riscos de condensações e outras patologias associadas;
Orientação Solar, Sombreamento e Ganhos Solares
Em Portugal, podemos ter grandes variações térmicas do inverno para o Verão. Este aspeto implica um cuidado acrescido no que respeita ao estudo da orientação solar do edifício e potenciar os ganhos solares no inverno, bem como implementar medidas que evitem o sobreaquecimento na estação quente. Uma boa orientação solar dos vãos envidraçados e mecanismos de sombreamento que cumprem a sua função de forma passiva são determinantes ao cumprimento da norma;
Critérios para Certificação Passivhaus
Para informação técnica mais detalhada poderá consultar:
Aquecimento
Necessidades anuais
<15 kWh/(m2.ano)
Necessidades em Pico
< 10 W/m2
Arrefecimento
Necessidades anuais
<15 kWh/(m2.ano)
Necessidades em Pico
< 10 W/m2
Energia primária
Energia Primária Total (PE)
<120 kWh/(m2.ano)
Energia Primária Renovável
(PER)<60 kWh/(m2.ano)
Estanquidade do Ar
n50 (ensaio de pressurização)
< 0,6 renovações/hora
Conforto Térmico
Temperatura entre 20ºC (Inverno) e 25ºC (Verão)
Excesso de Temperatura
< 10% do tempo de Verão (idealmente entre 2% a 5%)
Para informação técnica mais detalhada poderá consultar: